Condecorações
Louvada pela 6ª Divisão Militar
Em 7 de Janeiro de 1919 na véspera do ataque das tropas monárquicas vindas pela estrada da Régua e que dos altos de Silvela metralharam a cidade, foi mobilizada a Corporação para a defesa da República, pela nota nº8 da 1º repartição do Quartel general da extinta 6ª Divisão do Exército.
Três dias depois, em 10 de Janeiro, foi louvada a Corporação pelo Comando da 6ª Divisão Militar, pelos serviços prestados, durante o ataque efectuado no dia 8 de Janeiro pelas forças monárquicas às ordens da chamada Junta Militar do Norte, contra as da 6ª Divisão, fiéis ao Governo legítimo, como consta da nota nº64 da 1ª República do Quartel General da extinta 6ª Divisão do Exército.
E finalmente, no dia 24 do mesmo mês, quando a grossa coluna de Sá Guimarães atacou Vila Real do alto de Constantim, aos Bombeiros Voluntários coube a extinção do incêndio da igreja do Calvário, provocado por uma das granadas incendiárias que a artilharia dos atacantes lançou sobre Vila Real. Este acto demonstra uma heróica abnegação, por ser praticada sob o bombardeamento da artilharia.
Oficial da Ordem de Cristo
Outra condecoração, a de Oficial da Ordem Militar de Cristo foi colocada na Nossa Bandeira pelo Presidente da República, à data General Carmona, tendo o Ministro do Interior referido que a homenagem aos homens da paz porque estes arriscam a sua vida pela salvação do próximo (…) é o justo prémio pelos serviços relevantes prestados.
A Taça Morais Serrão
“No dia 12 de Setembro de 1920 a Corporação cobriu-se de louros, bem merecidos, pela perícia demonstrada no 1º Congresso Trasmontano de Bombeiros, para a disputa da «Taça Morais Serrão» e para a qual a Câmara Municipal convidou todas as corporações de bombeiros da província.
A prova circunscreveu-se apenas às duas corporações locais: os Voluntários e Salvação Pública, que numa casa esqueleto mandada construir pela Câmara Municipal, ao norte do 1º talhão da Avenida Carvalho de Araújo, disputaram com a maior galhardia o prémio que no final foi conferido aos Bombeiros Voluntários.
O júri que presidiu ao certame das competições, era constituído por um comandante e dois graduados dos Voluntários do Porto, um engenheiro por parte dos Voluntários e outro pelos de Salvação Pública. Os de Salvação estavam representados na sua máxima força (60 bombeiros), e os Voluntários, por divergências de momento, por 26 bombeiros apenas.
A vitória coube aos Voluntários, não tendo sido entregue desde logo a «Taça» aos vencedores, porque o júri, manifestamente comprometido, nada resolveu de momento para a sua entrega imediata.
Só decorrido um ano, e depois de vários conflitos entre os bombeiros das duas corporações, se pôs termo à questão, tendo o júri deliberado dar a posse da «taça» aos Voluntários (…). Os Voluntários não mais largaram a «taça», por julgarem e muito bem, que por direito lhes pertencia. E assim terminou a guerra da «Taça Morais Serrão».”
por Lourenço de Morais
Crachás de Ouro
Merecem uma menção especial os Crachás de Ouro da Liga de Bombeiros Portugueses, os nossos distinto:
AH Bombeiros Voluntários Vila Real – Cruz Verde, em 16/6/1991
Rodrigo Félix, em 5/4/1994
Presidente da Assembleia Geral
Rodrigo Botelho Araújo, em 11/6/2000
Presidente Honorário Conselho Geral
Artur Costa, em 12/04/2003
Chefe no Quadro de Honra
Carlos Santos, em 05/12/2015
Chefe no Quadro Ativo
António Barros, em 29/12/2015
Secretário Geral
O Crachá de Ouro é destinado a galardoar serviços altamente relevantes de caráter eminentemente geral e de incontestável contributo para a causa dos bombeiros, passando esta distinção honorífica a ser cedida a:
– Elementos dos corpos de bombeiros com 50 anos na situação de atividade no quadro, seguidos ou intercalados, com boa informação de serviço e exemplar comportamento;
– Elementos dos corpos de bombeiros, que, independente-mente do tempo de serviço prestados na situação de atividade no quadro, se tenham distinguido por estudos ou ações, cuja transcendência tenha sido objeto de assinalável apreço por parte das entidades ou organismos oficiais ligados à estrutura dos bombeiros e que, por tal motivo, tenham merecido citação individual em ordem de serviço da respetiva inspeção de bombeiros;
– Indivíduos, entidades, cole-tividades ou organismos nacionais ou estrangeiros, ligados ou não à causa dos bombeiros;
– Associações, Corporações ou Federações de bombeiros que perfaçam 100 anos de existência.
A concessão do Crachá de Ouro continua a ser uma competência do Congresso da Liga dos Bombeiros Portugueses.
Alguns actos relevantes do Corpo de Bombeiros
O nosso Corpo de Bombeiros tem muitos e importantes actos generosos e de bravura ao longo da sua história, tais como o bombardeamento do Calvário por tropas afectas ao Regime Monárquico em 1919 e em que os nossos homens debaixo de fogo socorriam as vítimas e combatiam o fogo.
Também quando em 1956 uma ambulância da Cruz Verde passava por Coimbra caminho de Lisboa e ao ver um homem a ser arrastado pela corrente do rio Mondego num dia de temporal o conseguem salvar.
Quando em 2 de Janeiro de 1962 a cidade da Régua é surpreendida pela subida das águas do Rio Douro isolando as populações dentro de suas casas e sem a existência de meios estes homens aproveitam as pipas e a madeira que flutuava e constroem jangadas e começam a retirar as pessoas para lugar seguro.
Muitos factos ficam por referir mas realçamos, no entanto, o da “lepra” por ser aquele que melhor se identifica com o lema dos homens desta casa que é “SERVIR”.
Quando ouvimos falar de casos de lepra ficamos assustados, pois no tempo em que esta peste proliferava e os casos abundavam o medo era generalizado, ao ponto dos doentes serem discriminados e abandonados. No final da década de 40, as autoridades sanitárias constataram existir uma família com lepra no lugar da Telheira – Parada de Cunhos.
Estas autoridades solicitaram a Bombeiros, entidades paramilitares locais,…o transporte para conduzir estes doentes a um Hospital em Coimbra. Perante a recusa de todos, excepto os da Cruz Verde foram os leprosos conduzidos ao destino.
As autoridades locais condecoraram o Comandante César Pinto pelo acto de coragem e solidariedade, tendo este aceite, na condição desta ter lugar no seu Quartel e na presença dos seus homens numa atitude de reconhecimento e Justiça.
Condecorações honoríficas da Associação atribuídas a Bombeiros
Na cerimónia do 125º aniversário, em 5 de dezembro de 2016, foram atribuídas, pela primeira vez várias condecorações previstas no Regulamento de Condecorações Honoríficas da Associação. Mereceram distinção vários bombeiros sendo-lhes atribuídas as seguintes condecorações:
Condecorações da Associação
Data | Condecoração |
---|---|
10 de Janeiro de 1919 | LOUVADA PELA 6ª DIVISÃO MILITAR |
12 de Setembro de 1920 | DETENTORA DA TAÇA “MORAIS SERRÃO” Certame do 1º Congresso Transmontano de Bombeiros |
12 de Junho de 1931 | OFICIAL DA ORDEM MILITAR DE CRISTO |
2 de Abril de 1932 | DIPLOMA DE HONRA da AH Bombeiros Voluntários do Porto |
1 de Janeiro de 1941 | MEDALHA DE OURO DA CIDADE |
25 de Outubro de 1944 | MEDALHA DE OURO de Duas Estrelas da LIGA DOS BOMBEIROS PORTUGUESES |
18 de Junho de 1956 | SÓCIO HONORÁRIO da AH dos Bombeiros Voluntários Espinhenses |
13 de Junho de 1990 | MEDALHA DE OURO DE MÉRITO MUNICIPAL |
9 de Maio de 1991 | MEMBRO HONORÁRIO DA ORDEM DE MÉRITO |
16 de Junho de 1991 | CRACHÁ DE OURO DA LIGA DOS BOMBEIROS PORTUGUESES |
22 de Dezembro de 1991 | MEDALHA DE HONRA da AHBVSP da Cruz Branca de Vila Real |
13 de Maio de 2001 | MEDALHA DE PRATA Federação dos Bombeiros Distrito Vila Real |
20 de Fevereiro de 2003 | SÓCIO HONORÁRIO do Clube Automóvel de Vila Real |
01 de Dezembro de 2007 | MEDALHA DE MÉRITO de Protecção e Socorro Grau Ouro Distinção Azul |
28 de Dezembro de 2011 | FÉNIX DE HONRA da Liga de Bombeiros Portugueses |
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